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Série II / Número 1 / Volume
Junho 1979
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DOI: 10.52590/M3.P526
Passaram escassas semanas sobre a conclusão em Lisboa do Simpósio Nacional de Ciência eTecnologia, preparatório do próximo encontro de Viena, patrocinado pelas Nações Unidas. Uma ou duas notas dominantes. Primeiro que o nível cientifico e tecnológico do Pais é baixo, comparado com o resto da Europa; segundo que esse nível só pode ser corrigido mediante a adopção de medidas político-económicas concretas, particulares. Ora, sendo a falta de recursos humanos qualificados uma das grandes lacunas detectadas por todos, é às escolas (dos diversos níveis) que compete a formação dos quadros científicos e técnicos. E não será com certeza reinventando todo o sistema educativo que conseguiremos tal coisa, antes através de uma gestão mais eficiente e realista do que já temos!
A divisão tradicional da química. clássica entre química orgânica e química inorgânica, hoje quase inexistente ou, pelo menos, bastante diluida, tem-se todavia e estranhamente mantido, ao nível das ciências da vida. Na verdade, a bioquímica estudada e investigada por químicos, biólogos e médicos, essencialmente uma bioquímica orgânica, e a frequente ocorrência de determinados elementos ou agrupamentos químicos não orgânicos e encarada displiscentemente, com indiferença ou ate contrariedade, por aqueles que os encontram no decurso das suas investigações de sistemas ou mecanismos biológicos. Trata-se sem dúvida de um hábito arreigado no espírito desses investigadores que, carecendo de uma necessária ainda que talvez infantil perplexidade perante os dados do conhecimento "adquirido" pelos adultos, se deixam de interrogar sobre a realidade ou pertinência desses mesmos dados. Recordam-nos, neste seu frequente comportamento, as considerações, no "Pequeno Principe" do autor desse maravilhoso livro, em torno de um desenho feito quando menino, que, para os adultos; representava um chapéu, e, para a criança, uma serpente "boa" que teria engulido um elefante..

A partir da década de 60 ocorreu um grande incremento no estudo da fixação de N2, devido a varias descobertas notáveis então realizadas: no campo biológico, o isolamento de extractos livres de células de bactérias que se mostraram capazes de fixar N2, in vitro; no campo químico, a possibilidade de redução de N2a NH3 em condições relativamente suaves por meios de sistemas formados por um composto de metal de transição e um redutor enérgico em condições anidras. Entretanto, em 1965, foi preparado o primeiro complexo com a molécula de N2 coordenada, ao qual vários outros se seguiram, cobrindo actualmente em elevada extensão a tabela periódica desde o grupo IVB ate ao VIII. Dificuldades de nomenculatura destes compostos têm, porém, sido sentidas na designação uniforme da própria molécula de N2 a qual não tem obedecido a um critério único, tendo-se apresentado sob diversas formas tais como a francesa ''azote (sem vida) e a inglesa ''nitrogen'' (nitrogerador), ambas coincidentes com os nomes do elemento nas respectivas línguas, sendo, porém, actualmente substituidas pelas designações ''diazote'' e ''dinítrogen'', respectivamente, traduzíveis por ''diazoto'' e ''dinitrogénio''. O nome que a molécula de N2 apresenta no estado livre é mantido quando esta passa a constituir um ligando em compostos de coordenação, embora a designação, actualmente em desuso, de ''nitrogenilo'' (por analogia com carbonilo) tenha também sido proposta.


3rd International Symposium on Loss Prevention and Safety Promotion in the Process Industries Realiza-se em Basle/Suiça de 15 a 19 de Setembro de 1980 sob os auspícios da Federação Europeia de Engenharia Química. Dado que a segurança nas Indústrias Químicas é um tema que tem sido pouco debatido no nosso País, nunca é demais informar e tentar alertar os químicos e os engenheiros químicos portugueses para este problema. O programa científico do Simpósio será preparado pelo Grupo de Trabalho de Prevenção de Danos (Working Party on Loss Prevention) da FEEC, com a colaboração do American Institute of Chemical Engineers.


2º Encontro Nacional de Química, 1º Encontro Nacionais da Indústria Química, Conferência Internacional sobre Termodinimica das Soluções de Não-Electrólitos, Divisão da Educação, QUAIS SÃO OS PROBLEMAS PRINCIPAIS NO ENSINO DA QUIMICA?
Curso de Extensão Universitária em Bioquímica, Conferências sobre Microbiologia Industrial,Nato Advanted Study Institute - Physics and Chemistry of Low Dimensional Solids, Metal ions in Biology - NATO Advanced Study Institute, Simpósio Nacional de Ciências e Tecnologia para o desenvolvimento - SINACT, Conferência Mundial de Espectroscopia - World Spectroscopy Conference, 2ª Conferência Mundial de Cromatologia - 2nd World Chromatography Conference
O funcionamento das fábricas comporta riscos e perigos para as pessoas e para o ambiente. A este respeito é particularmente delicada a situação da indústria química, pela complexidade de muitas das suas fábricas, pelas condições de trabalho envolvidas (temperaturas e pressões elevadas, ambientes corrosivos) e pela natureza de algumas das substâncias utilizadas ou produzidas.O clorofórmio é um líquido incolor, volátil, p.e. 61°C, de cheirocaracterístico, imiscvivel com a água.
Um medico americano, recentemente regressado de uma visita à China, está a testar em si próprio um contraceptivo masculino chinês. O produto, Gossypol, é, de acordo com o Chinese Medical Journal,1978, um composto fenólico isolado da semente, caule ou raiz do algodoeiro. Este composto foi detectado após se ter observado um elevado índice de infertilidade indivíduos em cuja alimentação era utilizado óleo de semente de algodão não refinado.
Artigo 1 - A "Sociedade Portuguesa de Química" tem por objectivo promover, cultivar e desenvolver, em Portugal, o ensino, a investigação e a aplicação da Química e das Ciências com esta mais directamente relacionados. Artigo 2 - A "Sociedade Portuguesa de Química" tem a sua Sede em Lisboa e Delegações em qualquer ponto do território nacional onde se justifiquem. Por "Delegação" entende-se uma representação permanente da Sociedade, com actividade própria. A criação ou dissolução de Delegações depende de aprovação da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Química. Parágrafo único - Consideram-se desde já criadas as Delegações de Coimbra, Lisboa e Porto.