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Série II / Número 151 / Volume 42
Janeiro 2019
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DOI: 10.52590/M3.P686

O ano de 2019 está à porta e com ele vem a comemoração do 150.º aniversário da descoberta do Sistema Periódico por Dmitry Mendeleev em 1869. Para assinalar o desenvolvimento deste sistema de ordenação e organização dos elementos químicos, e dar-lhe o devido relevo a nível mundial, as Nações Unidas proclamaram 2019 como “Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos”. É inquestionável que a criação da tabela periódica é um acontecimento de extrema importância para a Química e, por isso, gostaríamos de associar o QUÍMICA a essa comemoração. Assim, convido os leitores do QUÍMICA a enviarem-nos artigos sobre a tabela periódica, ou notícias sobre atividades realizadas no âmbito da comemoração dos 150 anos da sua criação, para publicarmos durante 2019.


- Atual e anterior presidentes da SPQ nomeados fellows da ChemPubSoc Europe
- 37.a reunião da Divisão no ECC7, Liverpool 28 de agosto de 2018, 15:30-17:00 horas
- Reunião informal do WP no ECC7, Liverpool 27 de agosto de 2018
- Grupo de História da Química da SPQ
- XXVI Congresso Ibero-Americano de Catálise
- Prémio Nobel da Química 2018


João Paulo André licenciou-se em Química (Ramo Educacional) pela Universidade de Coimbra, doutorou-se em Química pela Universidade de Basileia, Suíça, e é Professor Auxiliar do Departamento de Química da Universidade do Minho.
Os seus interesses científicos e académicos incluem o desenvolvimento e caracterização de complexos metálicos para imagem médica, a história da química e a divulgação científica. É autor do livro Poções e Paixões Química e Ópera (Gradiva, 2018).


A Lua, presença antiga e assídua no nosso céu, continua a ter novidade e atrativos. Em 2019, comemoram-se os 50 anos do primeiro ser humano na Lua, prevendo-se, também, a primeira alunagem na face oculta. A colonização da Lua é uma questão de tempo. Hoje, ainda deserta e quase intocada, amanhã uma estância de férias ou, até, quem sabe, um subúrbio da Terra? Vale a pena rever alguns aspetos da história da nossa relação com o astro mais próximo, e da forma como este foi sendo descoberto e cartografado à distância. Discute-se, assim, em primeiro lugar, a Lua na cultura clássica e na cultura tradicional, incluindo expressões e provérbios. Apresentam-se, depois, os vários calendários e a influência da Lua na sua definição. Por fim, descrevem-se as primeiras observações da Lua com telescópios, e os mapas daí resultantes, de Galileu a Riccioli, e consequências presentes. Dá-se especial atenção às regras de toponímia seguidas, no que se refere a cientistas e navegadores portugueses, e também aos químicos de todo o mundo.


Aproveitando a comemoração dos 60 anos dos Prémios Pfizer para a investigação biomédica em Portugal, analisam-se a evolução da pesquisa científica extrauniversitária e a importância dos médicos no progresso da química e da física.


O crescimento da população mundial, as crescentes preocupações ambientais e a tendência de aumento do preço do petróleo têm catalisado a procura de energias renováveis.


A indústria farmacêutica despende uma quantidade muito significativa de seus recursos financeiros em processos de purificação de APIs (Princípios Ativos Farmacêuticos) para cumprir os limites de impurezas impostas pelas agências reguladoras (FDA e EMEA). Para responder a esta demanda mundial, têm sido propostos vários materiais, como os polímeros molecularmente impressos (MIPs). Esses materiais de afinidade do tipo “chave-fechadura” são produzidos usando diferentes metodologias convencionais. O uso dos princípios da Química Verde tem mudado a forma como os polímeros são produzidos. As tecnologias verdes aplicadas ao desenvolvimento de MIPs apareceram não só devido às preocupações com o meio ambiente, mas também devido às características do produto final e a sua produção económica. Os MIPs têm sido desenvolvidos no laboratório usando a tecnologia de dióxido de carbono supercrítico (scCO2). Estes materiais de afinidade já foram desenvolvidos para uma vasta gama de aplicações, desde a remoção de impurezas farmacêuticas até ao enriquecimento de produtos naturais. Os materiais de afinidade do tipo “chave-fechadura” são obtidos prontos a usar, na forma de pós secos, fáceis de manusear, com distribuição de tamanhos de partícula homogénea e sem resíduos de solventes orgânicos.


O 5-hidroximetilfurfural (HMF) é uma molécula de baixo peso molecular obtida através da transformação química da biomassa. Atualmente é um dos intermediários biorrenováveis mais importantes. As tecnologias disponíveis para efetuar a valorização do HMF focam-se essencialmente na sua transformação em produtos químicos intermediários, monómeros para polimerização, biodiesel e em fármacos. Aqui iremos rever as novas transformações sintéticas do HMF desenvolvidas no nosso laboratório com o objetivo de obter novos esqueletos carbonados com atividade antitumoral.


O tratamento da hepatite C, uma infeção viral que representa um problema de saúde a nível mundial, foi revolucionado com a descoberta do sofosbuvir, também conhecido como Sovaldi®. Este medicamento foi considerado pela revista Forbes como o novo fármaco mais importante de 2013. Este é um pro-fármaco de fosforamidato de um inibidor nucleotídico da NS5B, uma polimerase de RNA dependente de RNA (RdRp) crucial para o ciclo de vida do vírus. Os regimes de tratamento antivirais que incluem sofosbuvir estão associados a taxas de sucesso superiores a 90%, inclusive em pacientes com cirrose hepática, bem como em pacientes que foram submetidos a outros tratamentos sem sucesso. Este artigo de revisão descreve o processo de descoberta deste fármaco revolucionário desde a identificação do alvo à otimização e comercialização do composto.


Com o aumento do consumo global de energia, o ambiente tem sofrido grandes perdas, algumas delas irreversíveis. Assim, acentua-se a importância do desenvolvimento de soluções alternativas de produção de energia. A radiação solar é uma fonte de energia renovável que permite a produção eficiente de energia elétrica. No entanto, devido à natureza intermitente da mesma radiação, é necessário combinar a produção de eletricidade solar com tecnologias de armazenamento de energia. As células fotoeletroquímicas têm vindo a ser desenvolvidas com o objetivo de converter eficazmente a energia solar em combustíveis eletroquímicos, uma forma de energia facilmente armazenável e convertível em eletricidade. Apesar de se encontrarem numa fase embrionária de investigação, já foram efetuadas provas de conceito e demonstradas várias vantagens sobre outras alternativas existentes. Este artigo aborda as tecnologias das células fotoeletroquímicas (PEC), em particular considerando a clivagem solar da água, e das células solares redox de escoamento (SRFC), os seus princípios de funcionamento, materiais e requisitos, últimos avanços, assim como os desafios futuros.


A presente atividade propõe a entrada num mundo secreto. Existem diversas substâncias que podem ser utilizadas como tintas invisíveis.


- 13th International Conference on Fundamentals of Adsorption - 13FOA
- EuroFoodChem XX
- ISMSC 2019
- 1st International Meeting on Deep Eutectic Systems


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