Capa
Série II / Número 20 / Volume
Junho 1985
Descarregar revista
DOI: 10.52590/M3.P544
Um grupo de professores de Física e Química da Escola Secundária dos Olivais n.° 1 (comissão organi- zadora), apoiada pelo Conselho Directivo da sua escola e pelo grupo disciplinar, vão organizar um encontro de professores de Física e Química do distrito de Lisboa e do distrito de Setúbal
No seu artigo introdutório o Professor Prigogine fala-nos de dupla revolução que se operou no pensamento científico no dealbar do século XX - uma revolução que não só alargou a natureza dos fenómenos conhecidos, como também o significado do próprio conhecimento.
Onde conduz o diálogo que, graças à ciência, o homem mantém com a natureza? Há ainda pouco tempo havia quem acreditasse que este diálogo tinha decifrado o enigma da existência. Num texto bem conhecido, Lévy-Bruhl exprime-se com uma segurança tranquila: «O nosso sentimento permanente de segurança intelectual está tão bem alicerçado que não vemos como ele poderia ser abalado; porque, mesmo supondo a descoberta súbita de um fenómeno misterioso do qual desconhecêssemos completamente as causas, nós não deixaríamos de estar convencidos de que a nossa ignorância apenas seria provisória, de que as causas existi- riam e que seriam descobertas mais cedo ou mais tarde. Podemos assim dizer que a natureza em que vivemos é intelectualizada a priori. Ela é ordem e razão, tal como o é o espírito que sobre ela reflecte e que nela se movimenta. A nossa actividade quotidiana implica, até nos seus pormenores mais insignificantes, uma confiança tranquila e perfeita na universalidade das leis naturais»
Dizer que os seres vivos são sistemas complexos possuidores de uma ordem e de uma coerência muito grandes é uma afirmação que em pouco ultrapassa a redundância. Em todos os níveis de organização biológica, da mais ínfima bactéria ao ser humano, encontram-se sempre fenómenos de regulação e formas espaciais de grande diversidade, bem como ritmos temporais cujo período vai do segundo ao ano.
Nos dois textos precedentes foi já sublinhada a importância do não-equilíbrio como origem de comportamentos novos da matéria. Um dos aspectos mais fascinantes que é posto em evidência nas experiências com relógios químicos já referidos é o aparecimento da comunicação a grande distância.
Embora com algumas alterações relativas pode afirmar-se que, praticamente desde 1977, 60% do valor total da indústria extractiva portuguesa provém de quatro substâncias: mármore, calcário, tungsténio e granito
A vida não se poderia ter originado na Terra sem que o planeta tivesse adquirido uma atmosfera. A origem e primeira evolução da vida deve ter sido, de facto, grandemente influenciada pelas propriedades da atmosfera primitiva. Este artigo descreve a nossa presente compreensão de como a atmosfera surgiu e de quando este importante acontecimento ocorreu. Estas considerações também se aplicam ao oceano porque a atmosfera e oceano estão muito intimamente conjugados.

Começo por felicitar a Comissão Organizadora do 8.° Encontro Anual da SPQ pela escolha do tema para esta mesa redonda. Trata-se de um assunto actual que continua a ser discutido na maioria dos países industrializados; acresce que o seu debate e busca de soluções é particularmente relevante e urgente em Portugal. Somos, de facto, um país profundamente acientifico, agrilhoado a uma obcessão jurídico-burocrática, em que o cumprimento (ou a tentativa de fuga ao cumprimento) de qualquer uma das muitas dezenas (centenas?) de milhar de preceitos legais (por mais obsoleto e absurdo que seja) é mais determinante do comportamento dos cidadãos e do funcionamento das estruturas oficiais do que a atitude racional, inteligente e pragmática (eu chamar-lhe-ia culta de resolver os problemas.


Uma breve exposição deste tema não poderá deixar de ser necessariamente limitativa e essencialmente generalista. Ao procurar essas limitações, haverá uma tendência imediata, ou para realçar dominantemente os aspectos da Química, correndo o risco de não se ultra- passar o domínio da divulgação científica e tecnológica, redundante para esta audiência, ou então para se dar uma maior ênfase aos aspectos humanos, na sua interligação como a Química, podendo assim tender-se para um domínio que ultrapassa o âmbito e os propó- sitos desta Associação.
No final de Janeiro, ao ouvirem o último noticiário da TV, muitos cidadãos ficaram horrorizados com a noticia de uma explosão de gás na Escola de Cartaxo. Lembro-me das recomendações de meus Pais "Não se brinca com o fogo". Vemos em muitas paragens de autocarros um belo cartaz com indicações relativas ao uso de gás.
Acção reciproca que exercem os corpos uns sobre os outros e devida a uma lei geral da materia , pela qual todos tendem a unir-se uns com os outros com maior , ou menor força , segundo a natureza particular de cada hum ; efta lei he aquella que os Chimico.
Os estudantes que frequentam pela primeira vez a cadeira de Química Orgânica no currículo da licenciatura em Ciências Química sencontram, como maior dificuldade na sua aprendizagem, a aplicação correcta da reactividade dos diferentes grupos funcionais com vista à obtenção de um determinado composto, isto é o projectar dos conhecimentos adquiridos na síntese orgânica.
A maior parte dos cursos do ensino terciário está, hoje em dia, essencialmente organizada em dois ramos diferentes: o científico tecnológico e o educacional. O objectivo principal do ramo científico-tecnológico consiste na formação de técnicos e investigadores, enquanto que, o do ramo educacional, na formação de professores do ensino secundário.
Desde 1982 que se realiza em Portugal uma actividade extra-escolar de particular relevância, a Olimpíada da Química, com o objectivo de estimular o interesse pela Química através da sã competição entre alunos do ensino secundário e de criar uma oportunidade para troca de experiências e materiais entre professores de diferentes escolas.
A grandeza fundamental independente quantidade de substância tem uma importância especial para os químicos, mas até muito recentemente não tinha um nome aceite na generalidade, apesar de ser utilizada a unidade mole. A definição de quantidade de substân- cia, tal como a definição de outras grandezas físicas não tem nada a ver com qualquer escolha de unidades, em particular não tem nada a ver com a mole.