Começo por felicitar a Comissão Organizadora do 8.° Encontro Anual da SPQ pela escolha do tema para esta mesa redonda. Trata-se de um assunto actual que continua a ser discutido na maioria dos países industrializados; acresce que o seu debate e busca de soluções é particularmente relevante e urgente em Portugal. Somos, de facto, um país profundamente acientifico, agrilhoado a uma obcessão jurídico-burocrática, em que o cumprimento (ou a tentativa de fuga ao cumprimento) de qualquer uma das muitas dezenas (centenas?) de milhar de preceitos legais (por mais obsoleto e absurdo que seja) é mais determinante do comportamento dos cidadãos e do funcionamento das estruturas oficiais do que a atitude racional, inteligente e pragmática (eu chamar-lhe-ia culta de resolver os problemas.