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Série II / Número 23 / Volume
Março 1986
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DOI: 10.52590/M3.P547
O Boletim da Sociedade Portuguesa de Química tem vindo a encontrar uma resposta entusiástica nalguns quadrantes, o que nos apraz registar. Um reflexo imediato é a acumulação de material para publicação pois, como é sabido, o Boletim tem uma periodicidade trimestral, para além de um número limite de páginas que não pode ser ultrapassado, nomeadamente por razões económicas.
O Prémio Nobel da Química de 1985 foi dado a dois cristalógrafos, Jerome Karle do Naval Research Laboratory em Washington e Herbert A. Hauptmann da Medical Foundation of Buffalo, New York, U.S.A., que se distinguiram pela sua contribuição no progresso dos métodos de determinação de estruturas por técnicas de difracção de Raio X.
Qual é a natureza dos cometas? Esta interrogação foi durante muito tempo precedida por (ou entendida como) uma outra: terão os cometas uma existência permanente? Serão corpos celestes? Duas razões impediam uma resposta cabal a estas interrogações. Em primeiro lugar o seu movimento no céu.

Agradeço a sua carta do mês passado. É óbvio que toda a gente descobriu que o texto citado no último ad hoc é do Aquilino (prefácio de "Quando os Lobos Uivam"). Quanto às suas perguntas sobre a ACTD, tenho o maior gosto em esclarecê-lo.


A explosão escolar da última década fez com que os professores se tivessem que preocupar com mais questões do que simplesmente o conteúdo das suas aulas. Um dos desafios que lhes foi lançado foi o de comunicarem com os seus alunos, utilizando uma linguagem que lhes fosse compreensível.
Um dos aspectos essenciais do estudo da Química no ensino sencudário assenta na aprendizagem de conceitos, sendo uma das mais importantes tarefas do professor o planeamento curricular envolvendo esses conceitos.
O tempo escasso votado à história da Química em Portugal no I Colóquio sobre a História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal (Academia das Ciências de Lisboa, 15 a 19 de Abril de 1985), não permitiu que fosse suficientemente realçado o labor científico que em Portugal se tem desenvolvido, desde os princípios do século XIX, no domínio da Química Orgânica. Como ponto de partida, ficou-se tão somente pela acção de Bernardino Gomes (Pai) e Agostinho Lourenço como percursores da Química dos Alcalóides e dos Polímeros, respectivamente, numa análise feita pelo Professor do Instituto Superior Técnico, Dr. Bernardo J. Herold (ref. 1).
As tentativas para modernizar Portugal, iniciadas com maior ou menor sucesso a partir de meados do século XVIII, apresentam uma natureza heterogénea e incidem em zonas de actuação muito diversificadas. Não admira que assim seja, se se tiver presente a urgência com que as instâncias ideológicas e políticas assumem o imperativo de inte rvir directamente no controlo da comunidade que as suporta.
Na biosfera podemos conviver com mais de um centena de elementos, isto é, com tantos quantas foram as previsões de Mendeléeff. Com eles, a natureza, utilizando mais uns do que outros, fez arquitecturas moleculares maravilhosas em utilidade, deslumbrantes em beleza e algumas tenebrosas pelo perigo que encerram. Os químicos, na sua missão de colaboradores no plano da criação, por mimetismo com o natural e graças à força criadora da imaginação, saber e técnica, criaram, estão criando e continuarão a criar novas moléculas, enriquecendo continuamente o arsenal natural.

Situam-se a importância da biomassa como fonte de energia renovável e a digestão metanogénica como técnica de aproveitamento do potencial energético da bimassa. Dá-se um esquema de parametrizacão do processo permitindo tratar o digestor como uma caixa preta e indica-se o significado e utilização dos parâmetros mais representativos. Referem-se por outro lado algumas observações, baseadas na nossa experéncia com digestores de laboratório, sobre a aquisição dos dados analíticos pertinentes. Procura-se também evocar as conotações didácticas (curriculares, de extensão) do assunto.


O método da Dinâmica Molecular foi estabelecido por Alder e Wainwright [1,2]. 0 objectivo do método é a resolução numérica, num computador, das equações de Newton para cada uma das moléculas dum dado conjunto, a partir de posições e velocidades iniciais e do conhecimento da força que actua em cada molécula num instante determinado.