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Série II / Número 46 / Volume
Dezembro 1991
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DOI: 10.52590/M3.P570
O crescente impacto da Ciência e Tecnologia nas sociedades modernas tem suscitado um forte questionamento sobre o sentido e o papel do ensino actual das Ciências nos níveis básico e secundário.
Que algo não corre bem no ensino da Química em Portugal é o que sugerem docentes/investigadores (ver p. ex. [1], [2], [3]) ou ainda avaliações «impressionistas» feitas pelos próprios alunos (para quem os quer ouvir). A reforma curricular em curso, ensino básico (EB) e secundário (ES), é filha alias da mesma lógica. No entanto, qualquer proposta de inovação curricular, por muito válida que seja, arrisca-se a ser inócua se não se articular com adequadas estratégias de formação de professores.
Estudantes de diferentes níveis etários [6, 71 e de diferentes sistemas de ensino [3] têm revelado dificuldades de aprendizagem nos tópicos de equilíbrio químico, em particular dos aspectos relativos ã compreensão da sua dinâmica. Tem-se verificado que os estudantes constroem representações de conhecimento diferentes daquelas que autores de livros de química e professores tiveram intenção de veicular.
O actual paradigma prevalencente em Educação Científica — o das concepções alternativas — tem revelado grandes dificuldades e principalmente falta de permanência das formulações da Física baseadas numa acção a distância, muito particularmente da Mecânica Newtoniana (Sequeira e Leite, 1988) baseada como é no conceito de força.
A crescente cientifização e tecnologização da sociedade leva a admitir que o domínio do pensamento científico e das linguagens da Ciência se tomam tão indispensáveis ao homem comum como o domínio de outros modos de pensamento e de expressão e que a Ciência não ajuda somente os indivíduos a dominar as forças da Natureza e os processos de produção mas que é também um factor importante na formação da sua personalidade
Nos últimos tempos e um pouco por todo o mundo, o ensino da ciência tem sido alvo de muitas críticas. A generalização do ensino secundário a largas camadas da população obriga a repensar o tipo de ensino de ciência que tem sido levado a cabo. É preciso não esquecer que a maioria dos estudantes não vai prosseguir estudos universitários a fim de obter uma formação científica especializada.

A elaboração de um programa não é um trabalho nada fácil, mas torna-se ainda mais difícil aos níveis introdutórios — ensinos básico e secundário. Comentar uma proposta de ensino é uma tarefa bastante mais simplificada! Qualquer programa de ensino envolve uma metodologia. E qualquer método tenderá para ser um processo em evolução continua, e deve querer-se sujeito a uma crítica no sentido do seu aperfeiçoamento.


O estudo* investiga em que medida as convicções e expectativas sustentadas por alunos portugueses do 5•4 ao 9.4 ano de escolaridade (10-15 anos de idade), em relação a algumas noções que os curricula nacionais de «Ciências» tentam desenvolver (por ex. calor e temperatura), afectam a interpretação que eles próprios constroem das experiências de ensino e aprendizagem com que são confrontados na sala de aula.
A Termodinâmica é um dos ramos da Ciência que mais está presente nas nossas vidas. Desde o momento em que acordamos e pensamos como irá estar o dia (muito frio, necessitarei de um agasalho?), passando pela hora das refeições (que magnífico «laboratório» de Termodinâmica não constitui uma cozinha?), a cada momento deparamos com questões cuja explicação física se enquadra neste campo. Se até para iniciar uma conversa, quando o assunto escasseia ou é pouca a inspiração, surge sempre a fatídica frase «Está muito calor, não acha?»...
Embora possamos encontrar antecedentes de tentativas de agrupar os elementos químicos em função das suas semelhanças e diferenças
Imagine-se perante a tarefa *** de planear todo um curso laboratorial para o ensino do 3.9 ciclo da escolaridade básica. Para que iria utilizar o laboratório? Que requisitos teria o curso laboratorial? Qual seria o orçamento previsto? Estudantes do 4.Q ano da licenciatura em ensino, perante esta tarefa, colocaram-se numa posição em que eles dão as indicações e «alguém» tem que equipar o laboratório.
Neste artigo referem-se sumariamente os objectivos educacionais da avaliação da aprendizagem e a utilização das classificações dos estudantes com fins diversos dos estritamente educacionais.
O Acordo Económico e Social subscrito no âmbito de Conselho Permanente de Concertação Social de 19 de Outubro de 1990 previa, no capítulo sobre Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, a celebração, até final do primeiro trimestre de 1991, de um Acordo sobre Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho.