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Série ii / Número 171 / Volume 47
Janeiro 2024
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Quando se estudam interações e efeitos biológicos de complexos de iões metálicos lábeis, os investigadores admitem frequentemente que os compostos mantêm a forma em que foram preparados. Usando exemplos de compostos de cobre(II) e de vanádio(IV e V), chama-se a atenção e demonstra-se que isso normalmente não acontece. Quando estes complexos, cujos iões são cineticamente lábeis, são adicionados a meios biológicos, irão ocorrer reações de hidrólise, troca de ligandos e/ou de oxidação-redução, que dependem do pH e da concentração das espécies presentes nesses meios. Quanto menor a concentração do complexo no meio em que é dissolvido, ou maior o número e/ou a concentração de potenciais ligandos, mais extensamente os processos de hidrólise e/ou troca de ligandos se dão. Conclui-se que propostas de mecanismos de ação ou de identificação de espécies biologicamente ativas têm de considerar a especiação desses metais nos sistemas em estudo.